Cildo ganhou fama ao usar a arte em intervenções discursivas, fazendo os meios de circulação dominantes atacarem os próprios discursos dominantes. Em abril de 1970, criou o projeto Coca-Cola, da série Inserções em Circuitos Ideológicos. Aplicava silk-screen com tinta branca vitrificada, que não salta à vista com a garrafa vazia que voltava às fábricas para reuso. Cheio do líquido negro da Coca, o frasco tornava visível a mensagem.
Com a manobra, a ditadura não rastreava a origem de críticas como “yankees go home”, de fatos censurados na imprensa ou denúncias de tortura. Tudo circulava, vendido pela Coca-Cola. "O segredo foi trabalhar na mesma freqüência do objeto de crítica. Fiz simbiose, a imitação do alvo a ponto de confundir a obra com ele. Foi um grafite ambulante, uma contrainformação que trabalhou a idéia de circuito sem controle", disse a este blogueiro.
Com a manobra, a ditadura não rastreava a origem de críticas como “yankees go home”, de fatos censurados na imprensa ou denúncias de tortura. Tudo circulava, vendido pela Coca-Cola. "O segredo foi trabalhar na mesma freqüência do objeto de crítica. Fiz simbiose, a imitação do alvo a ponto de confundir a obra com ele. Foi um grafite ambulante, uma contrainformação que trabalhou a idéia de circuito sem controle", disse a este blogueiro.
Cildo inspirou-se nas correntes de santos e garrafas de náufragos. E mostrou a crítica ao sistema transmitida pelo próprio sistema. O documentário Cildo, por isso, é tributo mais do que oportuno.
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