Usada em atividades acadêmicas e no jornalismo cultural, a crítica ligeira exige capacidade de síntese conjugada a uma boa argumentação. É preciso dosar síntese e comentário num texto breve sobre uma obra humana. Mas não há receitas. Mesmo assim, não custa lembrar as práticas consagradas:
1) A brevidade não é desculpa para comentários impressionistas, arrogantes e levianos, como afirmar que “o filme é ruim” sem dizer a razão pela qual é ruim.
2) Fisgue o leitor já no começo. Encontre algo interessante, insólito ou intrigante.
3) Frases curtas, diretas. É bom evitar detalhes demasiados em espaço curto. Mas não use o pouco espaço como muleta.
4) Contextualize. Descreva o conteúdo da obra, insira o autor e a questão na tendência a que estão ligados, compare a obra ao conjunto da produção do autor e faça conclusão que resuma ou retome a opinião desenvolvida até ali. Analise o estilo e o modo como personagens são construídos, a evolução do assunto e do raciocínio, e os objetivos da obra.
O jornalista Geraldo Galvão Ferraz, que já foi colunista de Língua, na qual abordou o tema, elaborou uma lista de checagem para resenhas:
· Seu texto está adequado ao público a que se dirige?
· Ele mostra que você refletiu e tem repertório para avaliar a obra?
· Está claro o que o autor destacou como importante na obra?
· Suas opiniões estão equilibradas e fundamentadas?
· Há problemas de correção gramatical na resenha?
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
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